domingo, 3 de março de 2013

Por onde anda: Giselle Medeiros, a ex-chiquitita Dani


GISELLE MEDEIROS, A EX-CHIQUITITA DANI (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Atriz conta que levou um choque ao voltar para o Brasil: "Não tinha ideia do sucesso que a novela fazia, me assustei"


Na pele da órfã Dani, Giselle Medeiros participou da primeira fase de "Chiquititas" e chamou a atenção especialmente na época em que a personagem se acidentava e ficava em uma cadeira de rodas. Por conta do papel, ela cortou o cabelo - que estava abaixo dos ombros - bem curtinho.
Depois de sair de "Chiquititas", em meados de 1998, integrou o grupo As Crianças Mais Amadas do Brasil e viajou pelo país com shows. Foi aí que teve a noção do quanto era conhecida no país. "Fãs correndo atrás de mim com tesoura para pegar um pedaço do meu cabelo", lembra a atriz, de 25 anos, que atuou na trama quando tinha 10.
Giselle fala tranquilamente, lembra com ternura dos tempos de chiquitita e não descarta a possibilidade de voltar a atuar. Formada na Escola de Atores Nilton Travesso, experiente diretor de TV que revelou nomes como Ana Paula Arósio, ela atualmente trabalha fora do meio artístico como assistente bilíngue.
GISELLE MEDEIROS NA ÉPOCA DE "CHIQUTITAS" (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)
QUEM: Qual a melhor recordação da época de "Chiquititas"?
GISELLE MEDEIROS: 
O diretor dizendo: "Ação!". É também do que eu mais sinto falta.
QUEM: Qual foi a maior dificuldade ao ir morar na Argentina?
G.M.: 
Sem dúvidas, foi ficar longe da minha avó. Sou muito apegada com minha nona, sentia muita falta dela. Só de recordar da distância meu coração já aperta.
QUEM: Você mudou radicalmente o visual durante a novela. Como reagiu ao saber que teria que mudar o corte de cabelo? Gostou?
G.M.:
 Foi uma mistura de sentimento. Orgulho pelo fato de confiarem em mim, no meu trabalho e me darem um destaque na trama. Foi uma fase delicada para a personagem, bem dramático, o que na versão Argentina não ocorria com meu personagem! Mas também sofri por ter que cortar o cabelo, me sentia um menininho, uma vez fui ao Parque De La Costa com a Ana Olívia [Seripieri, a chiquitita Tati], e quando fomos comprar um refrigerante o garçom serviu a Ana primeiro dizendo: "primeiro as damas". Nossaaaaaaa, isso acabou comigo, até hoje sofro para cortar o cabelo (risos).
QUEM: A notícia que deixaria o elenco de "Chiquititas" te pegou de surpresa? Ficou triste?
G.M.: 
Essa foi uma decisão da minha mãe. Fiquei triste, mas ela havia abandonado tudo para me acompanhar, respeitei a decisão e a apoiei. Senti muita falta da galera, falta de decorar os textos, gravar, mas fiquei feliz por ficar mais próxima da minha família, foi o que me ajudou.
QUEM: Durante um tempo, você fez shows com o grupo As Crianças mais Amadas do Brasil? Como foi a experiência?
G.M.: 
Foi um choque. Não tinha ideia do sucesso que a novela fazia, me assustei. O primeiro show, com estádio lotado, todos gritando meu nome, foi uma loucura. No final, fãs correndo atrás de mim com tesoura para pegar um pedaço do meu cabelo, foi assustador e lindo!
DURANTE DESFILE DA ESCOLA DE SAMBA PAULISTANA VAI-VAI, EM 2008, COMO PASSISTA (FOTO: ARQUIVO PESSOAL)
QUEM: Você gostaria de voltar a trabalhar no meio artístico?
G.M.:
 Atuar é o que me dá sentido a vida. Voltar a atuar é o que mais pulsa em mim. Aparecer por aparecer, para mim, não faz sentido nenhum, mas me falta tempo, oportunidades, infelizmente aqui no Brasil, se você não está na mídia, tem dificuldades em conseguir patrocínio. Bancar financeiramente um projeto, pra mim, é inviável. Estou na luta, não desisti e não conseguiria desistir, é mais forte que eu.

QUEM: Quem era sua melhor amiga na época? Existia alguma rivalidade entre as chiquititas?
G.M.: 
Era muito próxima da Ana Olívia Seripieri. Rivalidade, se existia, não percebi. Éramos como uma família! Sinceramente? Mais fácil rivalidade entre as mães do que entre as crianças. Era tudo tão mágico, outro país, idioma diferente, escola nova, gravação, tinha coisa melhor para fazer (risos).
QUEM: Com quem você perdeu o contato e gostaria de conversar novamente?
G.M.: 
Sinto falta da Ana Olivia, pois está morado longe de mim. Mas sinto muita, mas muita falta é da Beatriz Botelho [a ex-chiquitita Ana], aqui no Brasil criamos um elo forte e, atualmente, não temos o tempo livre de antigamente.

QUEM: Como é a sua vida hoje?
G.M.:
 Me formei na Oficina de Atores do Nilton Travesso, escrevi um curta "Eu Uso Minissaia". Casei esse ano. Trabalho fora da área artística, como assistente bilíngue, o que consome grande parte do meu tempo. Me formei também em Gestão da Comunicação Empresarial e vivo me reciclando nos workshops de interpretação, cinema, TV.
GISELLE MEDEIROS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Fonte: Revista QUEM

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